No dia 29 de maio acontece a celebração do 56º Dia Mundial das Comunicações.
Estamos enviando algumas sugestões que podem ser usadas nas nossas celebrações.
MONIÇÃO INICIAL
Animador(a): Queridos irmãos e irmãs, neste tempo festivo, em que celebramos a Ressurreição de Jesus, hoje de modo admirável e jubiloso, vemos em sua ascensão, a esperança de sermos participantes de seu Reino de amor. Estamos iniciando a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos; ofereçamos também nossas fadigas e nossos sofrimentos por essa unidade, como nos pede o querido Papa Francisco. Rezemos, também, por todos os comunicadores, neste Dia Mundial das Comunicações Sociais, para que sejam promotores da escuta e do diálogo. Cantemos:
PRECES DA COMUNIDADE
Para que, neste Dia Mundial das Comunicações Sociais, todos os profissionais e voluntários que se dedicam à comunicação, através de seus trabalhos, comuniquem a Boa Nova, rezemos ao Senhor!
BÊNÇÃO PARA OS AGENTES DA PASCOM
Presidente: Queremos abençoar os agentes da Pascom de nossa comunidade, que tanto se dedicam à evangelização, sobretudo neste tempo da pandemia.
( chamar os agentes da Pascom)
Presidente: Senhor Deus onipotente, que iluminais e estimulais o homem a investigar os mistérios da natureza e a aperfeiçoar as maravilhas do universo por Vós criado, olhai com bondade para os vossos servos que utilizam os meios de comunicação social. Fazei que eles comuniquem a verdade, defendam a justiça, fomentem a caridade, propaguem a alegria e promovam entre todos a paz que do Céu nos trouxe Cristo Nosso Senhor, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. T. Amém.
SUGESTÃO QUE ESTÁ NO FOLHETO DA CNBB
MONIÇÃO INICIAL
Animador(a): Imãs e irmãs, fazendo memória da Ascensão do Senhor aos céus, entramos no sentido mais profundo da sua Ressurreição: a elevação sagrada de todo o universo com Jesus, à morada definitiva do Pai. Em união com as Igrejas Cristãs, iniciamos hoje a Semana de Oração pela unidade dos Cristãos, com o tema: “Vimos a sua estrela no oriente e viemos adorá-lo.” Também celebramos o Dia Mundial das Comunicações Sociais. O Papa Francisco escolheu o tema: “Escutai”. Celebremos este dia de festa com muita fé.
PRECES DA COMUNIDADE
– Abri nossos ouvidos e corações e que este Dia Mundial das Comunicações Sociais nos ajude a crescer na escuta, na abertura ao diálogo e nas relações pacíficas e fraternas, nós vos pedimos.
– Abençoai todos os membros da Pastoral da Comunicação em nossas comunidades, para que sejam verdadeiros divulgadores do Evangelho e do Reino, nós vos pedimos.
DOM VALDIR IRÁ GRAVAR UM VIDEO QUE POSTERIORMENTE PODEREMOS ESTAR ENVIANDO A TODOS OS COMUNICADORES ( RADIO, JORNAL, BLOQ ETC )
RESUMO DA MENSAGEM DO PAPA
Estamos perdendo a capacidade de ouvir a pessoa que temos à nossa frente. No entanto, a escuta continua essencial para a comunicação humana. É a maior necessidade dos seres humanos. É um desejo que interpela toda pessoa que desempenha o papel de comunicador: pais, professores, pastores, agentes pastorais, jornalistas, pasconeiros etc.
No entanto, é preciso escutar com o ouvido do coração. A escuta não significa apenas uma percepção acústica, mas ela está essencialmente ligada à relação dialogal entre Deus e a humanidade, a ponto de São Paulo afirmar que “a fé vem da escuta” (Rm 10, 17). De fato, a iniciativa é de Deus, que nos fala, e a ela correspondemos escutando-O.
A escuta corresponde ao estilo humilde de Deus. Ela permite a Deus revelar-Se como Aquele que, falando, cria o homem à sua imagem e, ouvindo-o, reconhece-o como seu interlocutor. Deus ama o homem: por isso, lhe dirige a Palavra, por isso “inclina o ouvido” para escutá-lo. O homem, ao contrário, tende a fugir da relação, a virar as costas e “fechar os ouvidos” para não ter de escutar. Assim temos Deus, que sempre Se revela comunicando-Se livremente, e o homem, a quem é pedido para sintonizar-se, colocar-se à escuta.
É por isso que Jesus convida os seus discípulos a verificar a qualidade da sua escuta. “Vede, pois, como ouvis” (Lc 8, 18): faz-lhes esta exortação depois de ter contado a parábola do semeador, sugerindo que não basta ouvir, é preciso fazê-lo bem. Só quem acolhe a Palavra com o coração “bom e virtuoso” e a guarda fielmente é que produz frutos de vida e salvação (cf. Lc 8, 15). Só prestando atenção a quem ouvimos, àquilo que ouvimos e ao modo como ouvimos é que podemos crescer na arte de comunicar, cujo cerne não é uma teoria nem uma técnica, mas a “capacidade do coração que torna possível a proximidade” (EG 171).
Até quem tem ouvidos perfeitos, às vezes, não consegue escutar o outro, pois há uma surdez interior, pior do que a surdez física. Por isso, a primeira escuta a reaver, quando se procura uma comunicação verdadeira, é a escuta de si mesmo, das próprias exigências mais autênticas, inscritas no íntimo de cada pessoa.
A escuta é condição da boa comunicação. Aquilo que torna boa e plenamente humana a comunicação é precisamente a escuta de quem está à nossa frente, face a face; não o espionar. É triste quando surgem, até dentro da Igreja, partidos ideológicos, desaparecendo a escuta para dar lugar a estéreis contraposições. Nesse caso, o diálogo não passa de um monólogo a duas vozes. Ao contrário, na verdadeira comunicação, o eu e o tu encontram-se ambos “em saída”, tendendo um para o outro. Portanto, a escuta é o primeiro e indispensável ingrediente do diálogo e da boa comunicação. Não se comunica se primeiro não se escutou.
A capacidade de escutar a sociedade é ainda mais preciosa neste tempo ferido pela longa pandemia e pelas migrações forçadas. Também na Igreja há grande necessidade de escutar e de nos escutarmos. Quem não sabe escutar o irmão, bem depressa deixará de ser capaz de escutar o próprio Deus. Na ação pastoral, a obra mais importante é o “apostolado do ouvido”. Devemos escutar, antes de falar (cf. Tg 1, 19).
Estamos em pleno processo sinodal. Rezemos para que seja uma grande ocasião de escuta recíproca. Com efeito, a comunhão não é o resultado de estratégias e programas, mas edifica-se na escuta mútua.
Dom Félix
TRECHOS DA MENSAGEM DO PAPA
Queridos irmãos e irmãs! … quero fixar a atenção no verbo, “escutar”, que é decisivo na gramática da comunicação e condição para um autêntico diálogo […]
A partir das páginas bíblicas aprendemos que a escuta não significa apenas uma percepção acústica, mas está essencialmente ligada à relação dialogal entre Deus e a humanidade. O «shema’ Israel – escuta, Israel» (Dt 6, 4) … De fato, a iniciativa é de Deus, que nos fala, e a ela correspondemos
escutando-O; e mesmo este escutar fundamentalmente provém da sua graça, como acontece com o recém-nascido que responde ao olhar e à voz da mãe e do pai. Entre os cinco sentidos, parece que Deus privilegie precisamente o ouvido, talvez por ser menos invasivo, mais discreto do que a vista,
deixando consequentemente mais livre o ser humano.
A escuta corresponde ao estilo humilde de Deus. Ela permite a Deus revelar-Se como Aquele que, falando, cria o homem à sua imagem e, ouvindo-o, reconhece-o como seu
interlocutor. Deus ama o homem: por isso lhe dirige a Palavra, por isso «inclina o ouvido» para o escutar.
O homem, ao contrário, tende a fugir da relação, a virar as costas e «fechar os ouvidos» para não ter de escutar. […] Assim temos, por um lado, Deus que sempre Se revela comunicando-Se livremente, e, por outro, o homem, a quem é pedido para sintonizar-se, colocar-se à escuta… No fundo, a escuta é uma dimensão do amor.
Por isso Jesus convida os seus discípulos a verificar a qualidade da sua escuta. “Vede, pois, como ouvis” (Lc 8, 18): faz-lhes esta exortação depois de ter contado a parábola do semeador, sugerindo assim que não basta ouvir, é preciso fazê-lo bem. Só quem acolhe a Palavra com o coração “bom e virtuoso” e a guarda fielmente é que produz frutos de vida e salvação (cf. Lc 8, 15). “Só prestando atenção a quem ou-
vimos, àquilo que ouvimos e ao modo como ouvimos é que podemos crescer na arte de comunicar, cujo cerne não é uma teoria nem uma técnica, mas a «capacidade do coração que torna possível a proximidade”
Ouvidos, temo-los todos; mas muitas vezes mesmo quem possui um ouvido perfeito, não consegue escutar o outro. Pois existe uma surdez interior, pior do que a física. De fato, a escuta não tem a ver apenas com o sentido do ouvido, mas com a pessoa toda. A verdadeira sede da escuta é o
coração…Portanto, a escuta é o primeiro e indispensável ingrediente do diálogo e da boa comunicação. Não se comunica se primeiro não se escutou… Escutar várias vozes, ouvir-se – inclusive na Igreja – entre irmãos e irmãs, permite-nos exercitar a arte do discernimento.